biologia 12º ano

Thursday, June 07, 2007

MICROPROPAGAÇÃO




Termo utilizado pela primeira vez por Hartman e Kester (1975) que passou a ser empregado para definir os processos de propagação vegetativa na cultura de tecidos vegetais.
A micropropagação consiste na produção rápida de milhares de clones de uma planta, a partir de uma única célula vegetal somática ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal (explante).
As técnicas a que a micropropagação recorre baseiam-se em métodos modernos de cultura de tecidos vegetais in vitro. Deste modo, a micropropagação é utilizada para multiplicar plantas jovens, produzidas pelos métodos convencionais de produção de plantas, e mesmo plantas genéticamente modificadas.
É também utilizada para fornecer um número elevado de plântulas destinadas à plantação, que foram clonadas a partir de uma planta em stock que não produza semente ou que não responda bem à obtenção de clones por multiplicação vegetal. No entanto, a micropropagação é utilizada sobretudo em plantas ornamentais, como nas orquídeas, e em árvores para madeira, como nos pinheiros.






Métodos de propagação




Establecimento



Para que se criem plântulas por micropropagação, é necessário obter uma ou várias células indeferênciadas (células totipotentes) do parênquima ou um explante da planta-mãe. Esta pequena quantidade de tecido que forma o explante pode ser tão pequeno como um pequeno conjunto de células, e é colocádo num meio de cultura adequado ao seu crescimento, contendo nutrientes e hormonas, nomeadamente sacarose como fonte de energia e hormonas de crescimento.
O tecido da planta começa então a crescer, formando uma massa de células indeferênciadas denominada tecido caloso. Este tecido continua a crescer e a diferenciar-se em novos tecidos específicos, originado uma plântula.





Multiplicação



Uma planta pode originar milhares de clones a partir de um único explante, bastando para isso subdividir o tecido caloso as vezes desejadas, à medida que este vai crescendo.

Pretransplante



Esta fase consiste em tratar as "plântulas-proveta" produzidas, de modo a incentivar o crescimento da raiz e a "resistentificação" da planta. Este procedimento é realizado In Vitro ou num ambiente esterelizado de um tubo de ensaio.
O cescimento da raiz nem sempre ocorre durante as primeiras fases da cultura de tecidos vegetais, e é obviamente uma exigência para um crescimento da planta bem sucedido após o processo de micropropagação. Para que se favoreça o crescimento das raízes, recorre-se à transferência das plântulas para um meio In Vitro que contém auxinas.
"Resistentificação" refere-se à preparação da planta para uma crescimento num ambiente natural. Até esta fase, as plântulas desenvolveram-se em condições ideais, concebidas para a incentivação de um crescimento rápido. Devido a isto, uma plântula que não passe por esta fase e que seja logo exposta num ambinte natural, irá estar mais susceptível a doenças e o seu uso da água e da energia será ineficiente.
A "resistentificação" normalmente envolve uma exposição lenta das plântulas a ambientes com muita humidade, com pouca luz e de temperatura amena, o que seria considerado uma ambiente para um crescimento normal das espécies em questão.
A fase do pretransplante nem sempre é realizada, pelo que é incorporada na fase da transferência da cultura para um meio natural, sendo então acrescentado a essa fase o tratamento (Ex Vitro) para o crescimento das raizes e para a obtenção de resistência.

Transferência da cultura



Na fase final da micropropagação, as plântulas são transferidas para o solo, ou, o mais comum, transferidas para vasos com um composto orgânico para um crescimento contínuo atrvés dos métodos convencionais.









Vantagens da Micropropagação




  • Produz plantas livres de doenças.


  • Produz plântulas enraizadas prontas para a plantação e crescimento, o que é melhor do que o recurso a sementes e a estacas.


  • Possui uma fecundidade extremamente elevada, pelo que se obtêm milhares de plantas enquanto que através das técnicas convencionais se obtém apenas entre dezenas a centas de plantas no mesmo período de tempo.


  • É o único método viável para a regeneração de células genéticamente modificadas e para células resultantes da fusão de protoplastos.


  • É um bom método de multiplicar plantas que não produzam sementes ou que apenas produzam em quantidades pouco lucrativas.


  • A micropropagação produz plantas mais resistentes, com um crescimento mais rápido do que as plantas produzidas através de métodos convêncionais.


Desvantagens da Micropropagação





  • É um processo muito dispêndioso e pode ter um custo laboral superior a 70%.


  • Uma planta infectada pode produzir clones infectados. Isto é incomum, já que as plantas em stock são seleccionadas e vedadas com cuidado para evitar isto.


  • A maior desvantagem é o custo.


  • A maioria das plantas irão naturalmente produzir sementes, que normalmente são livres de doenças e que crescerão rápidamente sob boas condiões.


  • O número de semente produzidas varia, mas é normalmente aceitável para a multiplicação e é de graça.


  • Por esta razão, muitos criadores de plantas nunca recorrerão à micropropagação devido ao seu custo proibitivo.


  • A mecanização do processo irá eliminar a maior parte dos custos laborais associados. No entanto, este objectivo tem provado grandes dificuldades até hoje, apesar das tentativas activas para desenvolver esta tecnologia.




Doenças do coração e abortos podem ser causados por poluição



Pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da USP estudam a possível associação de doenças cardiovasculares e abortos tardios com a poluição atmosférica. As pesquisas, ainda inéditas, tiveram início na década de 80.




Medicina da USP associa abortos e doenças cardiovasculares à poluição O Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP vem desenvolvendo, desde a década de 80, estudos associando algumas doenças cardiovasculares e aborto de fetos tardios à poluição atmosférica, utilizando modelos experimentais e epidemiológicos. Segundo o pesquisador Luiz Alberto Amador Pereira, que desenvolve pesquisas conjuntas no Laboratório, a poluição atmosférica atinge diretamente o aparelho respiratório, causando inúmeras doenças já conhecidas. Mas, há indícios de que a poluição compromete seriamente os aparelhos cardiovascular e reprodutor humano. A pesquisa, de autoria de Amador Pereira, que fala da relação poluição e morte de fetos é inédita no Brasil e no exterior, e mostra que o feto também é exposto à poluição, apesar da proteção da placenta e de toda a estrutura do corpo materno. A constatação foi feita através da análise, em dias de maior poluição, de resultados do exame de sangue do cordão umbilical de recém-nascidos onde foi encontrada concentração de carboxihemoglobina em bebês que nasceram nos dias mais poluídos (a carboxihemoglobina é a ligação da hemoglobina, que normalmente leva oxigênio, e monóxido de carbono, poluente urbano). Este estudo, concluído ano passado, verificou também que, nos dias mais poluídos, o número de mortes fetais tardias (acima de 28 semanas de gestação) era maior. A cada oito óbitos diários, um e meio poderia estar associado à poluição. As substâncias relacionadas às perdas fetais tardias são o monóxido de carbono, dióxido de enxofre e principalmente o dióxido de nitrogênio. O Laboratório analisa também uma planta do gênero tradescantia, que foi colocada em vários locais de São Paulo, com diferentes concentrações de poluição. Alguns resultados desta pesquisa já mostraram que nos locais mais poluídos há um comprometimento celular do aparelho reprodutor destas plantas (inflorescência). Este mesmo gênero de plantas foi exposto à radiação e foi constatado o mesmo nível de comprometimento. O Laboratório faz cultivo das tradescantias para suas pesquisas. Um outro estudo do Laboratório, divulgado em congresso científico, mostra uma relação de doenças cardiovasculares com o monóxido de carbono, uma das substâncias emitida por veículos automotores movidos à gasolina. O estudo foi realizado com pacientes admitidos no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP. Nos dias mais poluídos, aumentava em 10% o número de pessoas que davam entrada no hospital com doenças cardiovasculares, principal-mente as coronarianas — enfartos e anginas. Amador Pereira diz que pesquisas internacionais anteriores a esta do Laboratório já haviam dado evidências que as doenças cardíacas estavam ligadas à poluição. O coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da FMUSP, professor Paulo Saldiva, participa do evento USP fala sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que acontece dia 14 de junho, das 13 às 17 horas, na sala do Conselho Universitário, prédio da Reitoria, na Cidade Universitária. Estarão em debate, entre outros temas, doenças relacionadas à poluição atmosférica.





A poluição atmosférica é qualquer alteração da composição química do ar, seja pela variação importante na proporção dos seus constituintes ou pela presença de substâncias estranhas, que possa prejudicar a saúde, provocar perturbações nos seres vivos e no meio ambiente.
Ao alterar a composição natural do ar, os seres vivos são afectados e pode ser posta em causa a sua vida.




PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

As principais fontes de poluição atmosférica são causadas pela actividade do Homem.




A combustão incompleta do carvão e petróleo na indústria e refinarias, a combustão em centrais eléctricas, os gases emitidos pelos escapes dos veículos motorizados, lançam para o ar substâncias (dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e chumbo, entre outras) que alteram a composição natural do ar e degradam a sua qualidade.






Entre as mais graves consequências da poluição atmosférica temos:




· O “efeito estufa”

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante das combustões de produtos ricos em carbono em centrais eléctricas e no aquecimento doméstico, provoca o aumento da temperatura da atmosfera uma vez que retém o calor e impede que este se expanda para o espaço.
Consequências: aquecimento global da Terra, alterações no clima e a subida do nível do mar.


· As “chuvas ácidas”

O dióxido de enxofre, resultante das combustões em centrais eléctricas e dos gases emitidos pelos escapes dos veículos motorizados, quando se dissolve na água presente na atmosfera forma gotículas de ácido sulfúrico. Quando chove, estas substâncias são transportadas para a superfície terrestre.
Consequências: doenças respiratórias graves, destruição de florestas, corrosão de materiais, alteração das características naturais do solo e da água, podendo levar à morte alguns seres vivos.


· A diminuição da camada de ozono

O ozono constitui uma barreira protectora das radiações nocivas do Sol (radiações ultravioleta) e protege a vida na Terra.
A diminuição da camada de ozono deve-se fundamentalmente à libertação de CFC, um composto químico utilizado nos refrigeradores dos frigoríficos e arcas frigoríficas, aparelhos de ar condicionado e aerossóis.
Consequências: problemas respiratórios, queimaduras, cancro de pele. Se sofrer danos é posta em causa a sobrevivência da vida na Terra.






POLUIÇÃO DA ÁGUA








A poluição da água é qualquer alteração das suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, que possa prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar das populações, causar dano à flora e à fauna, ou comprometer o seu uso para fins sociais e económicos.


PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS




As principais fontes de poluição dos rios, lagos, ribeiros e toalhas de água - águas superficiais e subterrâneas, são as águas residuais resultantes da indústria, da agricultura e das actividades domésticas. As águas residuais estão carregadas de sais minerais, substâncias não bio-degradáveis, fertilizantes, pesticidas, detergentes e micróbios. Tornam a água imprópria para abastecimento público e põe em causa a vida dos seres vivos que habitam os rios, ribeiros e lagos.

Também os oceanos e mares são afectados pela poluição - os acidentes com petroleiros que derramam petróleo para o mar e provocam as “marés negras”, a queima de resíduos no alto mar, a lavagem de porões dos cargueiros e petroleiros, os derramamentos tóxicos das indústrias feitos directamente para as praias ou costas, o despejo de lixo radioactivo das centrais nucleares, o funcionamento dos barcos a motor…

Para além destes aspectos, devemos ter em conta que uma parte importante da poluição do mar é consequência da actividade humana na terra. Vejamos alguns exemplos:
Os resíduos sólidos, plásticos, vidros, trapos e outros materiais, deixados nas praias.
Os pesticidas e adubos utilizados na agricultura, que através da acção da chuva e da erosão do solo, contaminam as águas subterrâneas e os rios.
Os produtos e as águas residuais não tratadas que são lançados directamente para os rios, e através destes chegam ao mar.

POLUIÇÃO DOS SOLOS






O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na designada componente "não sólida".
O solo deve ser visto como um intermediário entre o ar e a água (entre a atmosfera e a hidrosfera), sendo imprescindível à produção de biomassa, assim, o solo não é inerte, o mero local onde assentamos os pés, o simples suporte para habitações e outras infra-estruturas indispensáveis ao Homem, ou seja, o seu "caixote do lixo"!. Sempre que lhe adicionamos qualquer substância estranha, estamos a poluir o solo e, directa ou indirectamente, a água e o ar.
Podemos dizer então que a poluição dos solos, é qualquer alteração das suas características naturais através da deposição, descarga, infiltração ou acumulação no solo de produtos poluentes.



OGM






Organismos geneticamente modificados (OGM) .
Os OGM são organismos cujo material genético (ADN) não foi modificado por multiplicação e/ou recombinação natural, mas pela introdução de um gene modificado ou de um gene pertencente a uma outra variedade ou espécie.
Há legislação comunitária relativa aos OGM desde 1998. A acção da União tem por objectivo proteger a saúde humana e o ambiente, respeitando simultaneamente as regras do mercado único. Incide sobre a utilização, a disseminação, a comercialização e a rastreabilidade dos OGM, tanto relativamente aos alimentos destinados ao consumo humano como no que se refere à alimentação animal. Contempla ainda a aplicação das disposições sobre os movimentos transfronteiras dos OGM estabelecidas no Protocolo de Cartagena sobre a biodiversidade.
Em 2004, depois de uma moratória de 5 anos, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado de determinados alimentos OGM, ou alimentos contendo OGM, bem como a comercialização e a cultura de sementes OGM.
A fim de poderem ser comercializados, os OGM devem ser, numa primeira fase, submetidos a um processo de avaliação muito rigoroso e, em seguida, rotulados, respeitando as normas em matéria de rotulagem e de rastreabilidade dos produtos.
O laboratório de referência para a avaliação dos OGM é o Centro Comum de Investigação da Comissão (CCI). Coordena a rede europeia de laboratórios de referência para os OGM, e trabalha na detecção, identificação e quantificação dos OGM presentes nos produtos alimentares. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) formula igualmente pareceres científicos sobre os OGM.

ENZIMAS








As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.

Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.
As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.
As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.




COFATORES ENZIMÁTICOS E COENZIMAS


Cofatores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que podem ser necessárias para a função de uma enzima. Estes cofatores não estão ligados permanentemente à molécula da enzima mas, na ausência deles, a enzima é inativa.









A fração protéica de uma enzima, na ausência do seu cofator, é chamada de apoenzima.



Enzima + Cofator, chamamos de holoenzima.





METABOLISMO CELULAR





O metabolismo celular é o conjunto de reacções químicas que ocorrem numa célula.

Estas reações químicas são responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.


Estas reacções podem ser:






  • Anabólicas ou reacções de síntese (produção de nova matéria), são reacções químicas que produzem nova matéria orgânica - produzida pelos seres vivos - sintetizam-se novos compostos (moléculas mais complexas) a partir de moléculas mais simples (com consumo de ATP).




  • Catabólicas ou reacções de decomposição/degradação, são reacções químicas que produzem grandes quantidades de energia livre (sob a forma de ATP) a partir da decomposição/degradação de moléculas + complexas (matéria orgânica).




Para que ocorra uma reacção química, tem de se cerificar ruptura de ligações químicas nas moléculas dos reagentes e a formação de novas ligações químicas que dão origem aos produtos da reacção. A energia necessária para uma reacção química se iniciar é a energia de activação.





FERMENTAÇÃO




A fermentação é um processo anaeróbio de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos de fermentos.

Há dois tipos de fermentação:

  • Fermentação aeróbica: ocorre na presença de oxigênio do ar, como por exemplo em: Ácido cítrico, Penicilina.


  • Fermentação Anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio, como por exemplo em: Iogurte, Vinagre, Cerveja, Vinho.



FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA



Na fermentação alcoólica, o ácido pirúvico (3C) é descarboxilado e, assim, liberta CO2 e origina uma molécula de etanol (2C). Essa redução deve-se à transferência de um H do NADH, formado durante a glicólise, que passa à sua forma oxidada (NAD+), podendo ser novamente reduzido. O rendimento energético final é de 2 ATP, formados durante a glicólise, ficando grande parte da energia da glicose armazenada no etanol.







FERMENTAÇÃO LÁCTICA






A fermentação láctica é realizada por fungos e bactérias. Neste processo ocorre libertação de CO2, formando-se duas moléculas de ácido láctico por cada molécula de glicose. A capacidade de algumas bactérias recorrem a este tipo de fermentação é explorada pelo homem para a produção de iogurtes e queijo.

Fermentação lática é um processo também usado pelas células musculares para se recomporem quando se desgastam. Isto acontece quando estas células estão sujeitas a exercício físico intenso e baixos níveis de oxigénio, obrigando as células a produzirem grandes quantidades de energia.




FERMENTAÇÃO ACÉTICA





Fermentação Acética consiste na oxidação parcial, aeróbica, do álcool etílico, com produção de ácido acético. Esse processo é utilizado na produção de vinagre comum e do ácido acético industrial. Desenvolve-se também na deterioração de bebidas de baixo teor alcoólico e na de certos alimentos. É realizada por bactérias denominadas acetobactérias, produzindo ácido acético e CO2.


Microrganismos e Indústria Alimentar





A interacção entre microorganismos e alimentos tem como consequências:




  • a produção de certos alimentos com características específicas, como resultado de processos de fermentação;

  • a deterioração dos alimentos, que se tornam impróprios para consumo humano, como resultado da utilização dos nutrientes para o crescimento dos próprios microorganismos.


A indústria alimentar tem em conta a relação entre microorganismos e alimentos através das seguintes intervenções:



  • utilização de microorganismos na produção de certos alimentos, por fermentação;

  • utilização de microorganismos como fonte de enzimas para o processamento de alimentos;

  • desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos de conservação de alimentos que retardam a sua deterioração devido à actividade de microorganismos ou outros factores;

  • desenvolvimento de técnicas de melhoramento de alimentos ou de produção de novos alimentos.

Friday, March 23, 2007

Biotecnologia nacional

Registada em Portugal a primeira patente nacional de células estaminais


A empresa de biotecnologia Ecbio deu origem ao processo de protecção de uma técnica, pioneira a nível mundial, de expansão de células estaminais adultas para aplicação em lesões da espinal-medula e doenças neurodegenerativas. Este avanço nasceu da colaboração com a equipa médica de Carlos Lima, neurologista que tem devolvido mobilidade a paraplégicos, através do transplante de células da mucosa olfactiva para a espinal-medula. A técnica cirúrgica desenvolvida no Hospital Egas Moniz está já em vias de ser exportada para outros países, cujos médicos estiveram em Portugal a aprender os procedimentos.

As células, com grande capacidade de diferenciação, são retiradas da mucosa do nariz e transplantadas para a zona da lesão. A maior limitação desta técnica é a sua restrição a pessoas com lesões pequenas, já que o número de células que é possível extrair da mucosa olfactiva é pequeno. E é aqui que entra a Ecbio, com a missão de conseguir isolar e multiplicar estas unidades, fazendo-as proliferar em cultura. Pedro Cruz, um dos sócios da Ecbio, refere que "um factor de multiplicação de cinco seria satisfatório, mas conseguimos uma amplificação por 20".

Uma das grandes vantagens desta nova tecnologia é que, usando células adultas, não levanta questões éticas. O problema reside nos projectos que usam células estaminais embrionárias. Eticamente, tem sido defendido o recurso à investigação em células retiradas de adultos, mas as fontes são limitadas.

A patente diz respeito aos processos de obtenção, proliferação em meio de cultura sem soro - que está associado a problemas de contaminação - e diferenciação, nos três tipos de células neuronais. Para Rui Reis, presidente da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular, "qualquer desenvolvimento numa área de ponta e competitiva a nível internacional é importante, mas só será mesmo interessante se a patente puder ser explorada". A Ecbio está a preparar o registo da patente noutros países, nomeadamente europeus, EUA e Japão.


Fonte: Diário de Notícias

Medicamento que asfixia tumores vai ser posto à venda nos EUA


Primeiro inibidor da angiogénese combate cancro do cólon


A venda do primeiro medicamento contra o cancro que asfixia os tumores, impedindo-os de criar novos vasos sanguíneos para se alimentarem, foi ontem autorizada nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula o mercado do medicamento naquele país.
O primeiro inibidor da angiogénese - assim se chama esta nova classe de medicamentos, que impedem a formação de novos vasos sanguíneos do tumor- chama-se Avastin e é produzido pela empresa de biotecnologia Genentech. Será prescrito para o tratamento do cancro do cólon, para usar em combinação com a quimioterapia, como um medicamento de primeira linha para doentes com metástases, ou seja, em quem o cancro já se espalhou para outros órgãos.
O medicamento bloqueia a acção de uma proteína que os tumores enviam para outras partes do corpo, ordenando ao organismo que construa novos vasos sanguíneos para fornecer nutrientes à massa de células cancerosas. Sem estas vias de alimentação, os tumores sólidos não podem crescer. Não é uma cura para o cancro do cólon, mas é um passo para a tentativa de tornar o cancro uma doença crónica, gerível.
A Genentech já começou a despachar caixas do medicamento, que pode estar à venda já na semana que vem, diz a Reuters. Analistas do mercado farmacêutico citados pela agência dizem que as vendas globais do medicamento podem alcançar 1.800 milhões de dólares por ano em 2008. Deve ser administrado de duas em duas semanas, e custará 2200 dólares por dose.
Um ensaio clínico com 800 pacientes mostrou que os pacientes que se submeteram a tratamentos de quimioterapia em conjunto com este novo medicamento viveram em média 20,3 meses, quando os que fizeram apenas quimioterapia sobreviveram 15,6 meses.





Fonte: Público

Banho quente relacionado a Infertilidade masculina


Estudo da Universidade da Califórnia






Um estudo feito no Male Reproductive Health Center da University of California, São Francisco, EUA, concluiu que existe uma forte relação entre a prática de banhos quentes e a Infertilidade masculina. O artigo vem publicado na última edição da revista da Sociedade Brasileira de Urologia. No estudo de três anos, liderado pelo Urologista Paul J. Turek, foi feita a contagem de espermatozóides produzidos por 11 homens com problemas de fertilidade que, pelo menos três meses antes da pesquisa, se submeteram a mais de 30 minutos por semana de "calor molhado" em banheiras de hidromassagem ou banheiras comuns. Em cinco deles, a quantidade de espermatozóides produzidos aumentou quase cinco vezes (491%) depois de terem deixado de praticar “banho quente” por um período que variou entre três a seis meses. Além disso, a mobilidade dos espermatozóides aumentou de 12% a 34% nos homens que pararam com os banhos. Dos seis homens que não mostraram melhoras na fertilidade, cinco eram fumadores, facto que, segundo os investigadores, pode ter influenciado os resultados. Os cientistas afirmam que, apesar de se acreditar há décadas que o "calor molhado" pode prejudicar a fertilidade, pouca pesquisa foi realizada neste campo. Estudos recentes também têm indicado uma possível relação entre infertilidade e o calor gerado por um computador portátil colocado no colo ou ao uso de roupa interior apertada. Sabe-se que os espermatozóides se desenvolvem melhor em ambientes mais frescos, o que explicaria o facto de os testículos estarem situados do lado de fora do corpo do homem. "Estas actividades (os banhos) poderão ser adicionadas à lista de recomendações de ''coisas a serem evitadas'' para homens que tentam conceber", sugeriu Paul Turek, director do Male Reproductive Health Center, e líder do estudo.




MNI-Médicos Na Internet








Uma alergia pode se referir a vários tipos de reações imunológicas, incluindo hipersensibilidade tipo I na qual o corpo da pessoa é hipersensível e desenvolve anticorpos para proteínas típicas. Quando uma pessoa é hipersensível essas substâncias são conhecidas como alérgenos. A hipersensibilidade tipo I é caracterizada pela ativação excessiva das células mastócitas e basófilas pela imunoglobulina E, ocasionando em uma resposta inflamatória sistêmica que pode resultar desde sintomas benignos, como nariz escorrendo, até choque anafilático que pode requer tratamento por toda a vida e levar à morte. Febre do feno é um exemplo de tipo de alergia comum de menor gravidade. Grande parte da população sofre de sintomas da febre do feno em resposta ao pólen.





SINTOMAS DE ALERGIAS:



Alergia é caracterizada pela resposta inflamatória local ou sistêmica ao alérgenos. Sintomas locais são:

  • Nariz: inchaço da mucosa nasal (rinite alérgica).

  • Olhos: vermelhidão e coceira da conjuntiva (conjuntivite alérgica).

  • Via aéreas: broncoconstrição, respiração difícil e dispnéia, algumas vezes ataques de asma.

  • Pele: várias erupções como eczema, urticária e dermatite de contato.









TRATAMENTO:


Provavelmente o fator mais importante na reabilitação de alguém com alergia é remover a fonte dos alérgenos do ambiente de casa e evitar lugares onde o contato com alérgenos é provável.





TIPO DE ALERGIAS E ALÉRGENOS MAIS COMUNS:

  • Polens de plantas - Febre do feno.

  • Esporos de mofo.

  • Drogas : penicilinas, sulfonamidas, anestésicos, salicilatos.

  • Alimentos - Alergia alimentar : nozes, frutos do mar, gergelim, clara de ovo, alguns legumes, soja, leite, trigo, milho ou maizena.

  • Picada de inseto.

  • Pêlos de animais.































«Preservativo invisível»


Novo gel contraceptivo previne transmissão de Sida e Herpes




Há muito que se deseja uma forma de evitar as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) sem que para isso se tenha que usar obrigatoriamente o preservativo. Agora, parece que esse anseio se pode transformar numa realidade há muito esperada. Um laboratório canadiano está a desenvolver um «preservativo invisível» que terá como função primordial a prevenção de doenças transmissíveis como a Sida e os herpes, afirmou um grupo de cientistas canadianos. «Este é um gel que actua como barreira e temos já provas em como é um produto eficiente para prevenir o vírus HIV e os herpes, outro problema sexual muito frequente», afirmou o autora do estudo Jocelyne Piret, da Universidade Laval, Canadá. No relatório publicado em Agosto, numa revista da especialidade, os investigadores contaram que o gel actua como uma barreira física bloqueando o vírus, não permitindo que infecte outras células, uma vez que o gel contem substâncias que destroem os micróbios.

Menos tóxico
Para além de prevenir a transmissão das doenças, o produto funciona também como contraceptivo. Uma das questões que os investigadores estão a levar em conta é que o produto possa ser menos tóxico que outros semelhantes já existentes no mercado, uma vez que foi relatado que as substâncias nele contidas eram demasiado tóxicas e com o uso frequente irritam a vagina. O produto pode ser aplicado, na forma líquida, na área vaginal com um aplicador o qual, através do calor do corpo, se transforma em gel. Em laboratório, o gel mostrou a sua eficácia durante seis horas após a aplicação. As investigações deste novo gel estão prestes a ser concluídas, por isso em breve estará disponível no mercado.




Paula Pedro Martins
MNI - Médicos Na Internet










DEFESA ESPECÍFICA



Todo o sistema específico se concentra na capacidade das células imunitárias distinguirem proteínas produzidas pelas células do próprio corpo, e proteínas produzidas por invasores ou pelas células humanas sob o controlo de vírus. Esta distinção é feita através de receptores, os TCR ou BCR. Estes receptores, TCR ou BCR, para serem eficazes têm de ser produzidos com milhões de conformações. De outro modo não se ligariam a muitos tipos de proteínas de invasores, e não os reconheceriam. Esta diversidade de receptores não caberia no genoma da célula, e milhões de genes, cada um para cada receptor possível, não seria prático. O que acontece é que há algumas famílias de genes, tendo cada uma vários membros ligeiramente diferentes. Através de um processo especial e único nas células humanas, estes genes nos linfócitos recombinam-se, um de cada família, num único gene, de forma totalmente aleatória.
Assim, por exemplo, cada
anticorpo ou BCR dos linfócitos B tem seis porções, e é criado de dois genes únicos desse lifócito, gerados pela recombinação de um gene aleatório de cada família. Se houver seis famílias, com 50, 30, 9, 6, 40, 5 membros, o número possível total de anticorpos diferentes é de 50x30x6x9x40x5 = 16 milhões. Além disso há outros processos muito complexos que aumentam a diversidade dos BCR ou TCR ainda mais, por mutação acelerada dos genes em causa. A variabilidade dos anticorpos é na práctica ilimitada, e o sistema imunitário cria anticorpos contra qualquer molécula, e mesmo contra moléculas artificiais nunca existentes na natureza.
Muitos dos
TCR e BCR assim gerados vão reagir com péptidos próprios. Uma das funções do Timo e Medula óssea é manter os jovens linfócitos sequestrados até que seja possivel determinar quais reagem com moléculas do próprio organismo. Essa função é feita por células especializadas desses orgãos que apresentam aos linfócitos jovens moléculas produzidas por elas. Todos os linfócitos que reagem a elas são destruidos, e apenas aqueles indiferentes a própria são largados na corrente sanguinea.
Os linfocitos que não reagem a própria são milhões, cada um com milhões de configurações possiveis de receptores e haverá inclusive vários, cada um com receptor para zonas diferentes de cada proteína microbiana possivel. A esmagadora maioria dos linfócitos nunca encontra uma proteina para a qual o seu receptor seja espécifico. Aqueles poucos que a encontram, são estimulados e multiplicam-se. São geradas células efectoras com o receptor espécifico e células memória. As células de memória são quiescentes, têm vida longa e são capazes de reconhecer esse antigénio mesmo muito depois, multiplicando-se em maior numero e respondendo mais rapidamente a infecções futuras.
O sistema imunitário especifico é controlado e efectuado largamente pelos linfócitos. Há vários tipos de linfócitos.

Thursday, March 22, 2007


SISTEMA IMUNITÁRIO







O sistema imunitário compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores internos, como bactérias, vírus ou parasitas.
Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção da pele, a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a segregação de lágrimas; e o sistema imunitário não específico, como a ação direccionada dos linfócitos e a sua produção de anticorpos específicos.




DEFESA NÃO ESPECÍFICA


Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos agentes patogénicos são as barreiras anatómicas (pele, mucosas e pêlos das narinas), as secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e lacrimais) e os enzimas (existentes no suco gástrico).
Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são a reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e o sistema complemento.





FAGOCITOSE







CÉLULAS PARTICIPANTES DA RESPOSTA INATA



  • Diapedese

Passagem através dos poros dos vasos sanguíneos para os tecidos envolventes. O poro é muitomenor do que a célula, mas uma pequena parte da célula desliza através do poro e é comprimida até ao seu diâmetro.


  • Fagocitose

Captura, por endocitose, de células ou restos de células que são destruídas em vesículas digestivas. As células que realizam fagocitose são os fagócitos.

  • Quimiotaxia

Atracção dos leucócitos por certas substâncias químicas produzidas por microorganismos ou células injuriadas. Os leucócitos detectam alteracções na concentração destas substâncias e dirigem-se para as regiões de maior concentração.

Wednesday, March 21, 2007





ENGENHARIA GENÉTICA











É um processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do ADN num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. O objetivo é de introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.









DNA RECOMBINANTE






A partir da década de 70 novas técnicas permitiram avanços na análise do DNA, o qual era o componente mais difícil deser analisado.
A técnica do DNA recombinante, tem uma ampla amplificação. Pode ser usada para estudar mecanismos de replicação e expressão génica, na determinação da sequência de um gene e consequentemente na proteína que ele codifica, ou no desenvolvimento de culturas microbianas capazes de produzir substâncias utéis tais como, a insulina humana, hormona de crescimento, vacinas e enzimas industriais em grandes quantidedes.


Como consequência desta tecnologia é actualmente possível realizar investigação de paternidade eo diagnóstico de doenças genéticas e infecciosas através da análise do DNA.






REGULAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO

TRADUÇÃO


A tradução ocorre em três etapas (iniciação, alongamento e terminação), nas quais a informação presente no mRNA e organizada em codões (conjunto de 3 nucleótidos), é reconhecida pelos anticodões presentes nos tRNA’s que transportam os resíduos de aminoácidos. Cada codão do mRNA e o respectivo aminoácido são incapazes de se “reconhecer” mutuamente, sendo necessário um “adaptador” que possibilite esse reconhecimento. Esta função de “adaptador” é então executada por moléculas de tRNA que servem de ponte entre os aminoácidos e o mRNA, de forma a ser permitida a tradução da informação codificada no mRNA, em proteína nos ribossomas.
O processo de síntese proteica é iniciado em geral pelo codão AUG (codão de iniciação) que específica, tendo por base o código genético
, o aminoácido metionina. Todas as proteínas recém-sintetizadas contêm metionina como primeiro aminoácido, que é frequentemente clivado pouco depois por uma amino peptidase.
A tradução é iniciada com a formação de um complexo de iniciação ao nível do codão de iniciação (AUG), que consiste na cadeia de mRNA, num tRNA com o anticodão complementar (UAC) e carregado com o primeiro aminoácido (metionina)
;e na ribossomal , ligados numa sequência de reconhecimento específica do mRNA (terminal cap). Nos eucariótas, o tRNA iniciador (tRNAMet) é inicialmente posicionado na subunidade com a ajuda de um factor de iniciação , ainda antes da ligação ao mRNA.











Após a formação do complexo de iniciação dá-se a ligação da subunidade ribossomal a este complexo (formando-se o complexo de início, vide ribossomas) e é iniciada a etapa de alongamento da cadeia peptídica. Nesta altura os factores de início desligam-se e o ribossoma está pronto a receber o segundo aminoacil-tRNA e a formar a primeira ligação peptidica catalizada por uma peptidil-transferase.
A elongação tem início quando o anticodão do segundo aminoacil-tRNA encontra o local complementar do codão do mRNA existente nesta posição. Este processo é dependente de GTP e de determinados factores de elongação.Seguidamente, o ribossoma desloca-se uma distância equivalente a um tripleto, em relação ao mRNA, o que expõe o codão seguinte e permite a aceitação de um novo aminoacil-tRNA nesse local.
A terminação da síntese da cadeia peptídica ocorre quando, surge um dos codões de terminação (UAA, UAG e UGA). Para cada um dos referidos 3 codões não existe correspondência para nenhum dos aminoácidos e a síntese proteica é bloqueada. A terminação requer um factor de dissociação, que se liga ao ribossoma na presença de GTP. Com a formação deste complexo, o factor de dissociação tem a capacidade de reconhecer o codão de terminação e induzir a hidrólise da ligação aminoacil simultaneamente com a hidrólise do GTP com subsequente libertação do polipéptido e do complexo RF+GDP.


















TRANSCRIÇÃO





A transcrição consiste num processo em que as moléculas de RNAm, RNAt e RNAr são sintetizadas como cópias a partir do DNA e por complementaridade.


O RNA mensagueiro, antes de ser transportado para o citolplasma, sofre processamento, com a remoção de segmentos não codoficantes.


Todos os RNA formados deverão migrar para o citoplasma.


GENOMA



Em biologia, o genoma é toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu ADN. Isto inclui tanto os genes como as sequências não-codificadoras.

Mais precisamente, o genoma de um organismo é uma sequência d ADN completa de um conjunto de cromossomas , por exemplo, um dos dois conjuntos que um indivíduo diplóide contém em cada uma das suas células somáticas. Quando se diz que o genoma de uma espécie que se reproduz sexulamente foi "sequenciado", normalmente está a referir-se à determinação das sequências de um conjunto de autossomas e de um de cada tipo de cromossoma sexual, que determinam o sexo. Mesmo em espécies cujos indivíduos são todos do mesmo sexo, o que é descrito como "uma sequência genómica" pode ser um composto de cromossomos de vários indivíduos.


PATRIMÓNIO GENÉTICO





GREGOR MENDEL

As leis da hereditariedade sobre as quais a moderna ciência da genética está baseada foram descobertas por um monge austríaco chamado Gregor Mendel.
Apesar de sua importância, as descobertas de Mendel permaneceram desconhecidas por mais de 30 anos após ele ter completado os suas experiências , embora seus artigos científicos tenham estado disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos da América.
Johann Mendel nasceu em 22 de julho de 1822, em Heinzendorf, Áustria. Ele recebeu o nome de Gregor quando ele entrou para o monastério em Brünn, Moravia (agora Brno, República Tcheca) em 1843.
Ele tornou-se padre em 1847. Pela maior parte dos próximos 20 anos ele ensinou em uma faculdade vizinha, exceto por dois anos em que ele estudou na University of Vienna (1851-53). Em 1868 Mendel foi eleito abade do mosteiro. Os famosos experiri~encias de Mendel com as ervilhas de jardim iniciaram-se em 1856 nos jardins do mosteiro onde ele vivia. Ele propôs que a existência de características tais como as cores das flores é devido a ocorrência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora conhecidas como genes.
Mendel apresentou seu trabalho para uma sociedade de ciência natural local em 1865 em um artigo intitulado "Experiments with Plant Hybrids." As tarefas administrativas após 1868 manteve-o tão ocupado que ele não pode dar continuidade as suas pesquisas. Ele viveu o resto da vida em relativa obscuridade, morrendo em 6 de janeiro de 1884. Em 1900, pesquisas independentes realizadas por outros pesquisadores confirmaram os resultados de Mendel.

Friday, February 02, 2007

SÍNDROME DE KLINEFELTER
São indivíduos do sexo masculino que apresentam cromatina sexual e cariótipo geralmente 47,XXY. Eles constituem um dentre 700 a 800 recém-nascidos do sexo masculino, tratando-se, portanto; de uma das condições intersexuais mais comuns. Outros cariótipos menos comuns são 48 XXYY; 48,XXXY; 49,XXXYY e 49,XXXXY que, respectivamente, exibem 1, 2. e 3 corpúsculos de Barr.
Embora possam ter ereção e ejaculação, são estéreis, pois seus testículos são pequenos e não produzem espermatozóides devido à atrofia dos canais seminíferos. Outras das características muitas vezes presentes são: estatura elevada corpo eunucóide, pênis pequeno, pouca pilosidade no pénis e ginecomastia (crescimento das mamas).
Além dessas alterações do sexo fenotípico os pacientes com Síndrome de Klinefelter apresentam uma evidente diminuição do nível Intelectual, sendo esta tanto mais profunda quanto maior for o grau da polissomia.
Os pacientes Klinefelter apresentam problemas no desenvolvimento da personalidade, que é imatura e dependente, provavelmente em decorrência de sua inteligência verbal diminuída. As dificuldades de relacionamento interpessoal incluem, por vezes, alterações no processo de identificação psicossexual, envolvendo casos de transvestismo, homossexualismo e transexualismo.
Até 1960 a prova definitiva para o diagnóstico era fornecida pelo exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revela ausência de células germinativas nos canais seminíferos; raros são os casos de Klinefelter férteis que, evidentemente, apresentam alguns espermatozóides normais. Atualmente a Identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual.
Os portadores deste sindrome têm um risco de diabetes mellitus, doença pulmonar crônica, varizes, hipotireoidismo e câncer de mama também aumenta.
Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. Num casal com um filho com a síndrome de Klinefelter, o risco de recorrência é igual ou inferior a 1%. O estudo familiar é habitualmente desnecessário, salvo em raras situações. Nem sempre a infertilidade é a regra. Caso se encontrem indivíduos férteis, deve ser oferecido o diagnóstico pré-natal a fim de excluir alterações cromossómicas uma vez que existe um risco acrescido das mesmas.

Tratamento
Deve ser feito o acompanhamento periodico do nível de testosterona (hormônio sexual masculino) no sangue, para verificar sua normalidade. Caso o nível de testosterona encontre-se baixo isso irá resultar na diminuição das mudanças sexuais que ocorrem durante a puberdade.
Para controle é comum a aplicação de uma vez ao mês uma injeção de Depotestosterona, uma forma sintética de testosterona. A dose necessita ser aumentada gradualmente e ser aplicada mais freqüentemente quando o menino torna-se mais velho.
Características do Portador
Muitos homens têm sido avaliados e as quatro condições mais comuns encontradas são:
- Esterilidade
- Desenvolvimento de seios (Ginecomastia)
- Características masculinas incompletas
- Problemas sociais e/ou de aprendizagem

Enquanto as características acima são as mais comuns, ocasionalmente outras são relatadas por seus familiares:
- Preferência por jogos calmos
- São freqüentemente carentes e reservados
- Tremores na mãos
- Frustração causa explosão de temperamento
- Dificuldade de concentração
- Baixo nível de atividade
- Baixo grau de paciência
- Dificuldade de despertar pela manhã
- Baixa auto-estima

Wednesday, December 13, 2006



Métodos de Reprodução Medicamente Assistas


Fertilização In Vitro

Bebé-proveta, é um bebé proveniente de uma inseminação artificial ou fertilização "in-vitro", ou seja, não resulta de uma fecundação em condições naturais proveniente de uma relação sexual entre um homem e uma mulher, mas antes da fecundação gerada em laboratório. Designa-se proveta exactamente para aludir à sua "criação" laboratorial. O primeiro bebé-proveta chama-se Louise Brown e nasceu a 25 de Julho de 1978, em Bristol, Inglaterra. Os médicos britânicos envolvidos neste processo foram Robert Edward e Patrick Steptoe, na Bourn Hall Clinic, em Cambridge. O método da fertilização "in vitro" veio trazer novas esperanças aos casais inférteis, abrindo uma nova era no tratamento da infertilidade. Actualmente este método é utilizado, em diversas situações como no caso de bloqueamento das trompas de Falópio, ou em casos de espermatozóides deficientes (por exemplo imóveis) ou em múmero reduzido. Cerca de 25% das gravidezes por fertilização "in vitro" são gémeos, o que corresponde a uma incidência bastante superior à das gravidezes naturais em que o normal é surgir um par de gémeos por cada 80 nascimentos.
Inicialmente é feita uma estimulação ovárica com fármacos indutores da
ovulação, deste modo a produção de óvulos é aumentada, bem como a sua libertação. Estes são recolhidos com a ajuda de uma ultra-sonografia transvaginal, sendo depois levados para o laboratório onde serão fecundados por espermatozóides preparados. Os óvulos e espermatozóides (50 a 100 mil por cada óvulo) são colocados num meio de cultura próprio, e se o processo for bem sucedido, os pré-embriões gerados são transferidos para o útero da mãe entre 48 a 120 horas após o ínicio deste processo.

Microinjecção

Introduzida em
1992, a microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na injecção de um único espermatozóide no citoplasma do oócito, evitando assim as dificuldades do processo natural em que espermatozóide tem que passar a "barreira" do oócito para o perfurar. É uma técnica que se associa à fertilização in vitro (FIV) normalmente quando se detectam factores masculinos que não permitem a fertilização apenas pela junção dos espermatozóides aos oócitos no meio de cultura apropriado.
É uma técnica utilizada para ultrapassar vários problemas de infertilidade masculina, entre os quais
oligozoospermia, problemas de morfologia ou mobilidade dos espermatozóides, vasos deferentes danificados ou vasectomia não reversível, presença de anticorpos anti-espermatozóides, dificuldades masculinas na erecção ou ejaculação. Pode ser também indicada em casos de recolha de um número reduzido de oócitos ou dificuldade em serem fecundados detectada em ciclos anteriores de fertilização in-vitro.


Inseminação artificial

A inseminação intra-uterina ou inseminação artificial, utiliza-se em casos em que os espermatozóides não conseguem atingir as trompas. Consiste em transferir, para a cavidade uterina, os espermatozóides previamente recolhidos e processados com a selecção dos espermatozóides morfologicamente mais normais e móveis. A inseminação intra-uterina (IIU) foi introduzida em Portugal, em 1985, no Porto. Esta inseminação pode efectuar-se com esperma do casal ou, em caso de infertilidade masculina, com espermatozóides de um dador. Os critérios de selecção dos dadores são rigorosos, baseados em diversos exames relativos ao estado de saúde e da qualidade dos espermatozóides. Os espermatozóides podem ser crioconservados, permitindo organizar bancos de esperma nos hospitais e clínicas, para posterior utilização. A técnica de crioconservação implica diversas etapas. Primeiramente adiciona-se um crioprotector e em seguida os espermatozóides são imersos e guardados em criotubos a - 196ºC, em azoto líquido. Cada tubo contém a quantidade necessária de espermatozóides para a inseminação. A crioconservação de espermatozóides é também efectuada em caso de ocorrerem problemas graves de saúde, com intervenções cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia, que podem afectar a produção de espermatozóides do homem.Inseminação Artificial
A inseminação artificial com espermatozóides do cônjuge (IAC) é um método antigo proposto diante da infertilidade do casal. Durante muito tempo empírico, este método consistia em depositar o sêmen do marido dentro da vagina, ou no colo do útero, no momento da ovulação. Os primeiros resultados parecem ter sido devidos a Hunter, médico inglês, no final do século XVIII. Nos anos 70 esta técnica foi bastante utilizada por numerosos ginecologistas e várias vezes com indicações não muito precisas, resultando uma taxa de sucesso bastante reduzida (2 a 4%). Com a chegada da fertilização "in vitro" nos anos 80 esta técnica foi temporariamente abandonada e considerada bastante arcáica. Entretanto, nos dias de hoje, a IAC encontra novamente o seu espaço no tratamento do casal infértil. Alguns fatos podem explicar este acontecimento: • Um melhor conhecimento das diferentes etapas que precedem a fecundação; • A tentativa de encontrar métodos mais simples e menos agressivos que a Fertilização "in vitro", hoje melhor conhecida e também tendo os seus limites. Enfim, para uma indicação precisa da técnica de reprodução assistida mais indicada no tratamento do casal infértil é extremamente importante uma avaliação detalhada e um diagnóstico preciso do fator de infertilidade do casal permitindo assim maiores chance de conseguir a tão desejada gravidez. IAC se coloca entre as técnicas de reprodução assistida como uma técnica que permite optimizar as chances de gravidez, em casos com indicações bem definidas ( distúrbios ovulatórios; alterações no muco cervical; determinadas alterações na qualidade do sêmen) A Inseminação Artificial consiste em depositar os espermatozóides a diferentes níveis do trato genital feminino. Esquematicamente ela pode ser realizada segundo duas modalid
ades: Inseminação Artificial Intra-cervical (IC), Inseminação Artificial Intra-uterina (IU).

Tuesday, December 12, 2006




Fertilidade
Fertilidade em Mulheres
Para as mulheres, fertilidade significa a capacidade de engravidar e ter um bebé.
Os anos reprodutivos da mulher começam quando ela inicia seus ciclos menstruais durante a puberdade.
A capacidade de ter um filhonor,normalmente acaba por volta dos 45 anos de idade, embora seja potencialmente possível para uma mulher engravidar até que seus ciclos menstruais acabem com a menopausa (por volta dos 51 anos).
Quando um bebé do sexo feminino nasce, já tem em seu corpo cerca de 400.000 ovos imaturos (oócitos). Eles são armazenados em seus ovários em sacos muito pequenos, cheios de fluido, chamados folículos. Quando ela entra na idade reprodutiva, começa a ter ciclos menstruais mensais. Durante cada ciclo, o ovário liberta um ovo, que pode vir a juntar-se com o espermatozóide de um homem e dar início a uma gravidez.
O desenvolvimento e a libertação do ovo dependem de um delicado equilíbrio de hormonas: substâncias químicas que sinalizam para que os órgãos do corpo realizem determinadas atividades. Alguns desses hormonas são produzidos nos ovários. Outras provêm de duas glândulas situadas no cérebro, o hipotálamo e a hipófise.
Fertilidade em Homens
Para os homens, fertilidade significa a capacidade de engravidar uma mulher.
Para fazer isso, o sistema reprodutivo do homem precisa produzir e armazenar espermatozóides. Ele também necessita de transportar os espermatozóides para fora do corpo, de modo que eles possam entrar no aparelho reprodutivo da mulher.
Os órgãos que produzem os espermatozóides são chamados testículos.
Normalmente, um homem tem dois testículos, localizados no escroto, bolsa de pele que fica atrás do pénis. No interior de cada testículo há muitos órgãos delicados, denominados túbulos seminíferos. É aí onde os espermatozóides se desenvolvem. Quando um indivíduo do sexo masculino passa pela puberdade,os seus espermatozóides é renovado a cada 72 dias aproximadamente.
Infertilidade é a capacidade diminuída ou ausente de gerar uma gravidez. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os métodos clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição de infertilidade. Infertilidade é, portanto, frequentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais sem utilizar métodos contraceptivos não ocorre a gravidez.